terça-feira, 2 de novembro de 2010

A Geração "Bué da Fixe"

Portugal está já a viver a Nova Era, chegou o Homo sapiens corruptus, espécie humana mais evoluída na arte de bem vigarizar que a sua antecessora. Alimenta-se da confusão generalizada e dos recursos dos seus antepassados, na ponta da língua sempre as expressões mais que conhecidas: "meu" "ya" "yo" “Bué” e “Bué da Fixe”.

A crescente estandardização de comportamentos medíocres: uniformização das preferências por tudo o que não é nacional; contra-valores que surgem como verdades supremas, logo inquestionáveis; posturas ordinárias, amestradas aos cidadãos através de uma irradiação cerrada, propagandeada pelos órgãos de (des)informação, que o actual sistema político vigente em Portugal favorece, conduz as pessoas ao desespero e o Estado que as suporta à mais humilhante das derrotas. 
Adoptam, estes amigos do “bué da fixe”, rituais de vida que nada têm a ver com a salutar cultura tradicional portuguesa e com a identidade honrada, destemida e aventureira que glorificou os nossos antepassados. Olhamos tristemente para os nossos jovens e verificamos a sua forma de vestir cada vez mais abandalhada, a alimentação cada vez mais desregrada e americanizada, a forma de diversão adoptada cada vez mais nociva à saúde. Desenraizados e extirpados de valores estes jovens tornam-se apenas massa mole pronta a moldar para servir interesses, que não os do seu país, mas sim os dos grandes senhores do capital internacional e daqueles que pensam que através da degradação acentuada da sociedade alcançarão um dia o poder.

É uma constante inculcação de contra-valores, sugestão forçada, impondo doutrinas ideológicas de cariz marxista e mesmo até, as da sua ramificação mais destrutiva: o anarquismo. A toda a hora são ofuscados os sentidos dos menos esclarecidos através dos insuportáveis imparciais órgãos de comunicação social: sejam eles a televisão, a rádio, a imprensa escrita, o cinema, etc. Têm sem dúvida estas forças políticas da obscuridade produzido os seus criminosos resultados. Sem dúvida que o povo no seu geral, apesar de mais anos de penoso e dispendioso queimar de pestanas nas escolas publicas se tornou progressivamente menos preparado para enfrentar a vida e como consequência, incapaz de sustentar e manter uma família unida e feliz.

Tem existido nas últimas décadas em Portugal uma forte propaganda com vista a espalhar pensamentos ditos progressistas mas que apenas têm resultado no progresso da degradação individual e colectiva e no progresso do totalitário pensamento único. Os portugueses, esses estão cada vez mais encurralados a uma vida económica e social difícil e perigosa e a uma competição tremendamente desleal com a mão-de-obra barata proveniente dos países mais atrasados quer a nível cultural quer a nível económico. Mas, sempre alegres vão cuspindo os seus: “bué da fixe”. Os papagaios do novo jet-set nacional, príncipes da desgraça com uma mentalidade a condizer, assemelham-se a camaleões camuflando astutamente as suas tenebrosas manobras visando o desintegrar total da Nação.

A doutrina do politicamente correcto e do pensamento único, limita e tenciona mesmo neutralizar todos aqueles que não se identificam com o miserável estado caótico do país, que nitidamente está à beira do abismo. A cultura de massas estapafúrdia, o apelo constante ao consumo de bens supérfluos, muitas vezes só acessíveis à custa de grandes sacrifícios e da contracção de novos empréstimos bancários, lança as pessoas numa agonia suicida sufocadas que estão pelos pesados endividamentos. A cantilena que agora convém ladra assim:

O que faz falta é endividar a malta é o que faz falta…
O que faz falta é endividar a malta é o que faz falta…

Esta cultura é impulsionada pelos media através da sua poderosíssima máquina publicitária, monstruoso órgão de propaganda política. O consumo a crédito, usando as “facilidades” bancárias permitidas pelo sistema, insere-se numa lógica de viver intensamente um dia-a-dia imediatista, e de usufruir do espaço na sua plenitude, porque o amanhã (ao contrário do que acontecia na sociedade de há 30 anos) está salvaguardado pelo “Estado Providência”. O Estado Providência é a designação para os Estados que organizados nos moldes liberais-parlamentares ou democráticos, intervêm activamente no controlo da actividade económica e no domínio social, nomeadamente pela instituição da chamada Segurança Social. 

Que país é este que vive na base do comércio assente em produtos que não fabrica, comprados com o dinheiro que não tem e vendidos a quem deles não precisa?
Assim se percebe o porquê do aumento do PIB em determinados países, pois, produzem, exportam e impingem produtos dos quais ninguém precisa. A Maria e o Manuel que se deleitam com novelas e futebol, irreverentes e obviamente irrepreensíveis portugueses da geração de Abril, têm um perfeito perfil para aqueles que têm bem agarradas as rédeas do mundo que comandam, e que os seus interesses defendem com unhas e dentes, porém, habilmente camuflados pelo politicamente correcto.

Tudo isto só é possível devido a uma cultura de evasão, com conforto ilusório no consumo, que o cidadão adoptou para fugir a um quotidiano monótono, sem horizontes de esperança, frequentemente de pobreza de ordem económica e/ou espiritual, mergulhado em profunda infelicidade, oferta de um Estado sem desígnios que vagueia sem qualquer rumo.
Todos os factores de desenraização cultural produzem nos indivíduos como consequência directa a sua vitimação através de várias maleitas como o desemprego, a droga, o insucesso escolar, a miséria generalizada, a pobreza, a degradação da sua saúde quer física quer mental. Onde claramente sai prejudicada e ferida de morte a família portuguesa em cujo actual sistema não encontra bases para a sua fertilidade e continuidade natural. Só a miséria acompanha a liberdade dos seres isolados pelo individualismo, este é o preço da alienação.

A continuarmos com a propaganda de destabilização que desorienta os indivíduos e as suas famílias, inevitavelmente os pobres se tornarão cada vez mais pobres roçando a miséria e os ricos cada vez mais ricos ambicionando o poder totalitário.

É este o país que queremos para os nossos filhos? 

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